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Como posso estar no meio do povo sem me sentar na roda dos escarnecedores?

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Jesus vivia no meio dos pecadores e dos religiosos; contudo, ele tinha uma missão e um propósito em cada um destes lugares. Ele não se reunia com as pessoas para compactuar com os seus costumes e práticas; ele fazia a diferença e impactava o meio por meio das suas atitudes e palavras, sempre com muito amor.
Quando Jesus foi até Zaqueu, não foi para se unir a ele e participar da cobrança dos impostos da maneira indevida que vinha sendo feita. Jesus foi até ele, para que ele encontrasse o Pai através de Jesus. Desta forma, pode receber o amor Dele e assim teve o seu coração tocado e transformado.
Zaqueu causava sofrimento à muitas pessoas; e ao alcançá-lo, Jesus pode impactar a vida de todas as vítimas dele, e ainda, restituir tudo o que havia sido tomado injustamente.
A visão de Deus é muito mais abrangente do que a nossa visão humana e limitada. Jesus poderia ter tido o trabalho de ir até cada pessoa que havia sido explorada por Zaqueu, e dado alguma palavra de encorajamento. Todavia, Ele foi muito mais eficaz, foi até o causador de problemas e resolveu o mal pela raiz.
Com isso, mostrou que até o homem mais egoísta e desumano, ao ser tocado pelo amor de Deus, pode ser transformado e se tornar um abençoador. Vamos enfatizar este ponto: humanamente uma pessoa não poderia convencer Zaqueu a mudar de atitude, no entanto, como Jesus era um canal pela qual Deus tinha liberdade de operar, Zaqueu foi tocado profundamente. E é isso que Deus deseja operar por meio de nós.
A mesma coisa Jesus fez quando foi até o gadareno. O gadareno atormentava a vida de muitas pessoas devido à influência de espíritos malignos. Portanto, quando se encontrou com Jesus, ele foi liberto. E um homem que atrapalhava, passou a abençoar a vida de muitos por meio do seu testemunho. A Bíblia conta que o gadareno se tornou um missionário e viajou para diversos lugares para pregar o evangelho. Humanamente Jesus não poderia libertar este homem.
No dia em que Jesus se encontrou com a samaritana no poço, Ele não encorajou-a a procurar um novo marido que a amasse e valorizasse como ela esperava. Jesus mostrou para ela, que aquilo que ela estava procurando em homens, ela jamais iria encontrar; pois ela esperava que homens fossem capazes de satisfazer a sede espiritual que ela possuía, e que seria saciada somente no Pai.
Cada pessoa que se encontrava com Jesus, se deparava com o amor, e ao mesmo tempo, era confrontada no seu estilo de vida e nas suas práticas. Muitos escolheram receber o amor de Deus e se submeter à uma vida que honrasse e agradasse o Pai. No entanto, outros escolheram continuar a seguir o seu próprio caminho e manter o controle sobre o próprio destino.
O moço rico foi um que optou em viver segundo os seus próprios conceitos. Ele tinha o seu coração nas riquezas e escolheu desfrutar do que era passageiro, em vez de se render ao que é eterno.
Não vemos Jesus correndo atrás do moço rico, ou fazendo propostas e tentando convencê-lo a mudar de ideia; tampouco o vemos oferecendo benefícios que o persuadissem a segui-lo. Jesus simplesmente apresentou o que ele precisava fazer e esperava que ele resolvesse segui-lo por espontânea vontade, não por obrigação ou com expectativas. Contudo, o moço escolheu o seu próprio caminho.
Existem casos, como o da ovelha perdida, em que a pessoa se perde porque não enxerga para aonde está conduzindo a sua vida. O fato de ela se perder, demonstra que foi um acidente e que ela era nova, talvez pouco experiente; tanto que o pastor precisou deixar todas as outras para ajudá-la a voltar. O que não é o mesmo caso do filho pródigo, pois ele optou por livre e espontânea vontade seguir o próprio caminho; ele decidiu que não queria viver com o pai, ele desejava uma vida de satisfação pessoal e carnal.
De acordo com a Palavra, nestes casos, não adianta o pai correr atrás do filho, pois ele escolheu essa vida e não será convencido por meio de palavras a voltar. Somente as circunstâncias, e as consequências das suas escolhas, irão levá-lo à reflexão e compreensão do caminho de destruição que optou seguir.
Alguns destes filhos, deixam o amor de Deus invadi-los por meio das pessoas que Deus coloca nos seus caminhos, ou permitem que o Espírito Santo os convença a se posicionar antes de chegarem na lama com os porcos; porém, outros, infelizmente precisam chegar na lama para se desapegarem de tudo aquilo que antes tinha valor e proporcionava prazer, para então, tirarem satanás do controle e deixarem Deus assumir o controle. Outros ainda, nem nesta condição se rendem e optam pela morte eterna.
O desejo do pai do filho pródigo, representando Deus, era que o filho desfrutasse em casa, de tudo o que o pai havia conquistado para ele e para a sua família, bem como para as pessoas que trabalhavam com eles. Todavia, na mente do filho, aquela não era a melhor opção de vida que existia, e ele resolveu experimentar algo diferente e novo.
Nada do que ele sofreu e experimentou, foi porque o pai desejou ou fez com que acontecesse. E o maior engano que um filho pródigo carrega, é a ideia de que o seu sofrimento está relacionado com algo que Deus tenha feito com ele. Tudo o que ele enfrenta, a partir do momento que sai de casa ou sai debaixo da autoridade do seu pai, é unicamente consequência das suas escolhas.
Geralmente, existe alguém orando e esperando por esse filho. E em todo este tempo, pela misericórdia de Deus; o Espírito Santo fala por meio da consciência e procura convencer o filho a voltar para casa, para dentro da cerca de proteção. Contudo, o Pai espera que o filho tome a decisão de voltar, pois Ele quer o coração convertido e não apenas a sua presença física. Quando os seus olhos são abertos e ele recebe entendimento, dificilmente desejará voltar à antiga vida.
Deus nos concedeu o livre-arbítrio, e espera que escolhamos segui-lo e amá-lo de todo o nosso coração. Portanto, nem Ele, nem o diabo, nem ninguém, tem poder sobre a nossa vontade e o nosso poder de decisão. E será pela nossa vontade que seremos julgados.
Existe também o fato que ocorreu com Pedro após ele ter negado Jesus três vezes. Pedro foi um homem que esteve ao lado de Jesus durante todo o tempo antes da cruz. Ele havia deixado a sua vida, desejando obedecer a Deus e fazer a sua vontade, no entanto, quando ficou com medo diante das adversidades, acabou negando Jesus. Só que Jesus conhecia o seu coração e a sua limitação, e desta forma, mesmo que Pedro pensasse que não seria mais útil ou desejado para o serviço no reino, nada daquilo que havia acontecido foi lembrado. Jesus queria saber apenas se Pedro o amava e isso era suficiente.
Por mais que tenha sido negativa a atitude de Pedro, ela foi uma bênção na sua vida. Ela serviu para trabalhar a prepotência que fazia parte da vida de Pedro, tornando-o mais humilde; especialmente em relação às pessoas ao seu redor. Ele se deu conta de que também era humano e não era melhor do que os outros.
Não existe um padrão de como devemos lidar com todas as pessoas. Cada pessoa vive inserida em uma situação específica, e somente através do Espírito Santo, recebemos capacitação e sabedoria para sabermos como proceder. Deus trabalha com cada um de acordo com o seu propósito.
Nosso modelo é Jesus. Ele nunca compactuava ou encorajava a prática do pecado. Podemos observar que ele agia de maneira diferente de acordo com a maturidade e experiência espiritual de cada pessoa. Ele não requeria de um novo convertido ou alguém que não o conhecia, o mesmo que esperava de um fariseu, de um líder ou de homens que já eram cristãos, como o moço rico.
Após demonstrar amor, misericórdia e compaixão, ele costumava orientar a pessoa a não voltar mais a cometer o pecado que a escravizava, para que a comunhão com o Pai não fosse rompida. O que o Pai mais deseja, é ter comunhão com os seus filhos, e Ele fará todo o possível para que ela seja mantida de maneira constante.


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